Taxa de rebate
No que consiste a tal taxa de rebate? É utilizar um desconto que poderia ser dado para o cliente, para bancar o juro do banco. Exemplificando: O carro “x” custa R$ 50.000, e pode ser vendido na condição de entrada de 60% + 24x sem juros. Claro, que existe a tarifa de abertura de crédito e taxinhas ocultas (que no final resultariam em aproximadamente R$ 2.000), mas vamos fantasiar que o mundo é perfeito e arredondando o valor, então a conta seria R$30.000 + 24x de R$ 833.
Trazendo a conta para o mundo real, utilizando uma taxa real viável e bem otimista para pessoas comuns (taxa vendida na concessionária, não entra nesta conta se a pessoa quiser utilizar seu próprio banco) que é algo em torno de 1,7%, os R$ 20.000 financiados irão transformar-se em R$ 24.500 (sendo otimista) pelo menos.
Traduzindo, neste caso o valor do desconto no carro poderia facilmente ser de R$ 4.500,00, no caso de uma compra à vista, ou utilizando o financiamento do seu banco (banco o qual você tem conta), este último caso explicarei abaixo. Isto é uma tática para o negócio parecer vantajoso, e para não nivelar o preço do carro por baixo, pois é sabido que depois que o preço baixa, dificilmente consegue-se “recuperar” o patamar anterior sem tem que alterar o modelo, então este é o meio de “mascarar” o valor sem de fato alterar o preço para baixo.
Ao contrário do que muitos pensam, as concessionárias não gostam de vender à vista. Em outras palavras, falar para o vendedor a frase “pagando à vista, qual o desconto que terei?”, pode ter certeza que não chegará na melhor negociação possível. Não se esqueçam, a loja SEMPRE vai receber a vista. O financiamento que o cliente faz, é com o banco, e o banco paga à vista a loja. Não importa para a concessionária, por onde vem o dinheiro se diretamente da conta bancária do cliente ou se oriundo de um financiamento.
É muito mais fácil barganhar preço utilizando o financiamento “normal” vendido pela concessionária (não os financiamentos promocionais que mencionei anteriormente). Explicando, a concessionária, além do lucro sobre o veículo vendido, ela recebe comissão dos bancos e seguradoras para vender os serviços, no caso dos bancos, por vender financiamentos.
Taxa de retorno
A melhor negociação e o último dia do mês
Resumindo a melhor negociação possível é fazer de conta que irá utilizar o serviço de banco que a concessionária está tentando vender, achar ótimos os juros e prestações sugeridas, mas barganhar desconto. Em outras palavras, focar no preço do carro, e passar a ideia que de fato vai financiar um valor alto com a concessionária. Afinal quanto maior o valor a ser financiado, mais a concessionária receberá proporcionalmente.
Quando perceber que não consegue nada mais no preço, então aceite a negociação e então diga sua real forma de pagamento. O vendedor estará desarmado neste momento. Outra situação, é que existe uma crença forte que os últimos dias do mês são os ideais para comprar carro, em função das metas e cotas. Isto faz sentido, pois de fato as concessionárias possuem um fechamento mensal que é no último dia possível do mês para emitir a nota fiscal para agregar no número de vendas.
Em outras palavras as concessionárias querem vender, contudo isso não significa que os vendedores estejam com a mesma “sede”. A resposta é simples, normalmente a folha de pagamento das concessionárias, fecha dias antes. Ou seja, é comum contabilizar as comissões entre os dias 20 a 20 de cada mês (exemplo de 20 de janeiro à 20 de fevereiro).
Ou seja, o vendedores estarão ávidos, nos dias próximos ao final do período contábil das comissões. Não tem como tentar adivinhar isso, mas digo começar a sondar pelo dia 15 do mês e jogar a isca para o vendedor, pode ter certeza que ele começará a correr atrás para concretizar a venda quanto mais estiver próximo do período de fechamento.
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